Oásis;

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O ar jubilara-se em um assobio murmurado através de suas folhas, que planavam remansadas como se o mundo todo girasse ao redor daquilo. Quanto  tempo havia se passado? Sinceramente, não sabia. Estava focado demais em sequer pensar em contar os dias, horas, ou quaisquer coisa que fosse. Minha estadia naquele mundo era novamente incógnita. Um ruído sibilado que ecoava perante a escuridão daquela estrutura natural, relevara gotículas de água chocando-se ao solo carcomido. Estava sentado, refletindo sobre mim mesmo na entrada daquela caverna asquerosa. Uma árvore acima da rocha em que me abancara tampara parte dos raios solares que me vinham ao rosto, deixando somente pequenas brechas rútilas do clarão solar que jaziam sobre aquele lugar. Estava numa espécie de transe-nostálgica, na qual minha mente analisava quase que involuntariamente acontecimentos que haviam se passado na minha vida. Coisa que estaria acontecendo constantemente comigo, juntamente com uma sensação de remorso extremo. Eu sabia bem do que se tratava, mas tentava mentir pra mim mesmo que aquilo não estava acontecendo.

Me levantei sem pressa, e fui até onde o sol estaria em auge. A sua onipresença era tão relevante, que podia senti-lo sussurrar em minha nuca. O céu estaria violáceo, ás nuvens pareciam fundir-se com o infinito, criando um clima cândido no céu. Como se os Deuses estivessem em harmonia, um prenúncio do que estaria por vim, de fato. A forte brisa brincava com meus longos cabelos pretos que estavam agora entregues ao vigor do vento, algo precisava acontecer. Entretanto, não seria difícil me acostumar com aquele clima corriqueiro.

SANGUE: CHEIO
CHAKRA: CHEIO

O silêncio fora interrompido pelo farfalhar de passos amenos. Volvera meu tronco e meu pescoço para poder vê-lo; um pequeno sorriso suscitara em minha face, agora iluminada pelo corpo celestial mestre. ─ Não. E pela situação que a vila se encontrava, foi uma façanha e tanto não terem o matado. ─ Expus, mesmo que talvez despercebido, a minha preocupação casual de irmão mais velho. Sua aparência parecia a mesma, seu cabelo vermelho-sangue pendia sobre um de seus olhos e sua pele fantasmagórica instigava, aos ignotos, uma saúde prejudicada.

─ Como me achou neste fim de mundo? ─ Inquiri, enquanto o cabo de token permanecia despontado ás costas, revelando-se entre o sobretudo negro que cobria meu corpo até meu tornozelo.

SANGUE: CHEIO
CHAKRA: CHEIO

Eu não era um tipo de pessoa capaz de expressar muito bem oque sentia por alheios porém, meu irmão era o único capaz de desencadear esse tipo de sensação em minha pessoa. ─ Eu tenho uma parcela de culpa no que aconteceu na Folha. ─ Revolvi, velando meu rosto dentre as mechas ruivas de meu cabelo. ─ Irei lhe explicar; Por um curto período fui eleito como Sandaime da Folha. Quando a mesma foi atacada por ninja patifes, utilizei do jutsu sensorial da vila em que eu estava ligado para sentir chakras alheios, isso me levou até o seu. ─ Supliquei, voltando à revelar minha face. ─ Fora uma decisão difícil para mim mas, me ocultei na base da raiz e esperei que os ataques fossem cessados. Quando os ataques foram finalizados, fugi em meios aos escombros como um ser de repudia. ─ Enquanto indagava aquelas palavras, um sentimento de reciprocidade tomou conta de mim. Afinal, que tipo de shinobi eu havia me tornado? Um líder ignorante que não zelara por sua vila e seus habitantes. ─ Espero que entenda. ─ Suprimi.

Ikkusei: Full

─ Entendo. ─ Respondi, enquanto um zumbido de vento açoitara meu rosto. ─ Minha situação não foi tão agradável, lutei contra um cara que também usava o Susano'o, mas quando vi que a vila já estava aniquilada, resolvi desaparecer. ─ Tagarelei, concitando os olhos novamente para o céu, ouvindo o chilrear da fauna voadora. ─ Os pássaros parecem migrar; o inverno se aproxima. ─ Sussurrei, tornando os olhos á ele. ─ Droga, conhece algum país interessante? Não pretendo ficar aqui neste lugar. ─ Ser um Kage provavelmente lhe proporcionou um conhecimento mais aprofundado da geografia entre ás vilas. Calculei que ele poderia ter acessado as informações de Konoha sobre as outras nações ninjas.

Era uma pena aquele lugar não ficar naquele clima pra sempre, era tudo tão calmo, tão sossegado. Me sentia ás vezes ali; entorpecido, como se estivesse acordando após perder toda minha energia.

SANGUE: CHEIO
CHAKRA: CHEIO

No curto período que fui eleito como Hokage, estudei muito outras nações shinobis; Uma corrente de vento passou por ali, deixando um rastro de folhas secas. ─ Sunagakure, País do Vento. ─  Revolvi à meu irmão, à apontar para o norte enquanto a íris de meus olhos eram tomados por uma cor púrpura e esclerótica.

Instigara um dos braços para o norte; revelando a direção á ser seguida. ─ Muito bem, vamos pra lá então. ─ Brandara, desaparecendo e reaparecendo encima dum galho embotado. Movimentando velozmente naquela direção. ─ Vamos, quero ver se consegue me acompanhar! ─

SANGUE: CHEIO
CHAKRA: CHEIO

A sensação de nostalgia me tomava enquanto seguia meu irmão mais velho pulando de galho de árvore em galho. Me lembrara por um instante de uma de nossas tarefas enquanto eramos pequenos; Seguia ele em direção à nosso novo rumo, Sunagakure.