[Suna/Land] Os filhos de Senõ

O que de fato havia acontecido com o mundo Shinobi? Por mais que fosse um renegado, tendo optado por fugir do vilarejo da Névoa após testemunhar os incontáveis fracassos de seu atual líder, Ryugan não imaginava que estaria em uma posição tão crucial que ditaria, se tudo ocorresse como planejado, a transformação do mundo impuro para um completamente novo, fora das mãos de corruptos e inexperientes. As marcas em sua própria face acompanhavam o corpo da maior patente da Areia juntos de seus globos castanhos escuros, que permaneciam sobrepostos pela destra na tentativa de minimizar qualquer problemas com os grãos de areia que levantavam-se junto das correntes de vento da noite agradável do Deserto, esperando que os demais membros da organização mercenária fizessem o mesmo. — A forma como você consegue transformar sua brutalidade em algo tão puro e magnífico é impressionante, Khan. Mas... era realmente necessário degolar o Kazekage? Ele parecia no mínimo interessante. — concentrando em segurar a gargalhava que vinha à tona, independente de seu contragosto, o Keshin permanecia observando a cena macabra que circundava o corpo do primeiro dos cinco grandes alvos. O líquido carmesim misturava-se entre as areias mais próximas do Gabinete central, enquanto que a plateia da Areia assistia horrorizada ao espetáculo. Por sorte conseguirão imaginar o futuro brilhante que vós espera. Abaixou a destra em meio a sua prece carregada de sarcasmo enquanto resolveu ser o primeiro ao entrar no edifício de maior valia para o vilarejo. — Por aqui. — murmurou, sem a pretensão de aguarda-los.

As tortuosas escadas que se sucederam até o topo do Gabinete foram facilmente sobrepujadas. De frente a porta do cômodo do líder, Ryugan percebeu que estava entreaberta e levou sua canhota até a maçaneta de madeira maciça. O movimento foi rápido e sucinto, e com um leve empurrar, foi capaz de vislumbrar a grandiosa mesa no centro, feita de arenito esbranquiçado e com o símbolo da Areia aparentemente talhado. — Sua vida era luxuosa, Kazekage. Cercado de uísque e charutos, enquanto o próprio povo sofre de fome e sede. Ridículo. — segurando umas das diversas garrafas da bebida alcoólica, o manipulador de vento elevou-a até a boca conforme o líquido tamborilava por entre as paredes cristalinas do recipiente. — À sua vida eterna, senhor. — o principio de gargalhada falhada enquanto uma parcela mínima do líquido escorria por seus lábios, tossindo em seguida, demonstrando a força do álcool presente. Foda. Se reprimiu, torcendo para que os outros dois não tomassem ciência de sua intolerância à bebidas fortes. Não tardou até escolher o melhor assento, que por sinal, encontrava-se centralizado à mesa retangular do cômodo. — Sentem-se, senhores. Bem vindos ao meu palácio particular. — sorriu, levando um dos incontáveis charutos presentes aos lábios, já aceso, dissipando o fumo sobre todo o local. — Sabe... se todos os Kages forem fracos igual este, nosso trabalho será fácil, com toda certeza. — por mais que a cautela fosse um dos pontos fortes de Ryugan, a soberba ao concluir um dos cinco passos necessários para decretar o inicio do novo Mundo tomava conta de seus pensamentos e ações.

A noite rapidamente foi consumida pelo dia e a escuridão foi sobrepujada pelos intensos raios solares do Deserto. Keshin permanecia acordado, vislumbrando a imensidão de areia que corria por todo o horizonte. As ruas estavam desertas e nem mesmo o mercado tradicional do vilarejo estava aberto. O medo instaurado no antro da Areia não permitia que seus aldeões dessem as caras para averiguar todo o ocorrido. Ainda de cima, pode perceber que o corpo do Kazekage havia sumido. Se alguém quisesse esconder o corpo do sujeito, tinha feito da forma mais amadora possível. O sangue seguia por entre algumas vielas até sumir os rastros, fazendo com que o simples movimento de elevar a canhota até o queixo fizesse-o pensar no ocorrido. — Se não foi Khan em um surto psicótico, acredito que algum faxineiro do vilarejo tenha feito o favor de sumir com o corpo do verme que liderava este vilarejo fadado ao fracasso. — murmurou, deixando o telhado do Gabinete e acessando o sala do antigo Kage pela única janela possível. — O corpo do Kazekage sumiu, senhores. Os rastros de sangue se sucedem até certo ponto entre algumas vielas, mas, sumiu próximo a um dos casebres próximos daqui. Não acredito que seja algo para nos preocuparmos, afinal, o Senõ não pediu corpos, ou pediu? — antes que pudesse ser respondido pelos integrantes do grupo, um pássaro apareceu sobre o parapeito da janela, carregando consigo um pequeno pergaminho. — Eu pego... — disse em voz baixa, indo de encontro ao animal, retirando o pergaminho de forma cautelosa, sem que a pequena ave se dispersasse.

Comentando rapidamente sobre o conteúdo do pergaminho, não chegamos a matar todos os homens que pertencem ao topo da hierarquia do vilarejo, correto? Precisamos de informações acerca das outras nações Shinobis, e talvez seja melhor começar nossa busca pelos anciões da Areia. O que acham? — perguntou dando um trago no uísque, tentando mascarar a careta provinda da queimação que sentiu quando o líquido passou por sua garganta.

Ryugan: 2000 HP / 2000 CH / 7 ST

  

Considerações:

Armamentos:

A minha saída da Nuvem não havia sido a mais pacífica de todas, o Raikage queria acabar com minha vida a qualquer custo, talvez temeroso pela minha imortalidade, talvez por ser um incompetente tanto quanto os demais, eu não sabia exatamente os motivos porém ele havia cometido um crasso, eles haviam matado todos aqueles que me eram minimamente importante, ele achava mesmo que eu iria ao seu encontro cegamente? Eu destruiria tudo aquilo que as ''Sombras'' representavam, o mundo nunca mais iria se recuperar do que estava prestes a acontecer.


Um homem era feito do que? Carne, ossos, roupas bonitas e ideais? Uma existência tão frágil que poderia ser comparada a uma vela, que poderia ser facilmente ser soprada e sua vida encerrada em um instante,o único problema de matar uma pessoa era que ela não carregava consigo somente uma chama, mas o estopim de diversas outras chamas, era o que chamamos de ideal alguém com um ideal forte mesmo derrotado acende diversas outras chamas isso pode ser tornar a maior derrota de homens como nós três. Mas como alguém que ganha poder demais sem estar preparado para ele, o Kazekage tinha sido corrompido lentamente pelas linhas do poder.

— Se ele não tivesse degolado a isca não teria sido eficiente. — comentei em tom calmo, enquanto olhava para o corpo agora mórbido do homem  — Cidadãos da areia, o destino havia sido cruel com esta vila, comandados por líderes fracos, isentos de força de vontade, levados à corrupção utilizando de vossos esforços para alimentar os próprios egos inflados. Com isto vos apresento o novo Kazekage, Ryugan aquele que os levará ao paraíso!  — diria em tom elevado desta vez, expondo a informação para todos os presentes, o sarcasmo quase irreparável na minha voz deixava claro, o paraíso deles era a morte, porque o que aconteceria em vida não seria nem um pouco confortável, aquela frase também tinha outro peso, queria atrair a atenção das demais vilas.


O caminho a partir dali fora direto para o interior do gabinete, foi como deveria ser naquela vila, mal feito e sem nenhuma empolgação. A estrutura luxuosa, confirmando todos aqueles pensamentos que me ocorriam vez ou outra, o mundo estava tomado de hipocrisia, o único jeito de conserta-lo era reiniciando tudo, o fogo traria uma forma de vida mais evoluída à tona — Ele apenas fez aquilo que todos eles são levados a fazer, fama, poder, dinheiro e um exército sob seu comando, poucos resistem aos louros desta vida, mesmo que seja em detrimento aos outros.  — peguei uma das garrafas e dei um gole, amargo e quente, o primeiro passo de nosso objetivo tinha sido cumprido, sem que nem colocássemos tanta força na ação, somente Khan tinha agido, isso era bom.  

— Os kages não são fracos, espero que depois disso, eles gastem ainda mais influência e recursos para estarem prontos para a onda que vai atingir suas vilas, queria sentir o cheiro do desespero deles de perto. Melhor, queria ver o medo nos olhos deles.  — sorri com certo escárnio que temperava a situação, sentando-me sobre a mesa, chutando as coisas que pertenciam a Azir para longe, ele não merecia estar mais no topo de nada - Com isso o sentimento de revanche vai tomar conta dos demais líderes, aqueles que são fracos com certeza sentirão um alvo sendo desenhado em suas respectivas costas, só mostra o quanto é necessário que o sistema seja derrubado e todos os kages mortos de uma maneira dolorosa. As vilas que reforçarem suas defesas de maneira exageradas são os alvos mais fáceis.

(...)

A escuridão do deserto deu lugar à alvorada, trazendo consigo os primeiros raios solares, os olhos azuis reluziram em contato com a luz, eu havia cochilado brevemente, por que não? Um imortal deveria temer a morte? Olhando ao redor não consegui ver um dos meus companheiros, Ryugan como sempre fazendo o papel de guarda destruidor deveria estar no lado externo, ele sabia se virar, também deveria ter passado a noite toda bebendo, o garoto era insaciável, fosse por mulheres ou vícios. Enquanto o corpo despertava por completo acendi um charuto qualquer naquela sala, tragando-o enquanto Ryugan não chegava, mais uma vez devaneios tomavam conta de minha mente, junto com eles um estalo, talvez uma ótima alternativa antes que tomássemos mais alguma atitude.

Assim que o terceiro adentrou a sala  — Eles devem ter levado ele embora, pouco depois a morte dele notei algumas assinaturas de chakra ao redor do corpo, pobres passarinhos, ainda dependentes de seus antagonistas.  — responderia após ele pegar o pássaro que surgia de repente, em uma ótima hora, parecia até mesmo uma coincidência  — Não tem como ele pedir corpos, pelo menos não possui uma lógica pedir para nós, foi um milagre ter sobrado algo de Azir. —lançaria o charuto para Khan, raciocinando em cima da mensagem que Senõ tinha enviado, lembrando-me claramente do que eu tinha como priori.

— Podemos ir atrás dos Anciões, ou podemos oferecer uma recompensa por eles vivos, qualquer pessoa que trouxer um conselheiro ou ancião será poupada e poderá viver sua vida em paz. Um jogo de caça dentro de Sunagakure. — propus, era uma alternativa, ou caçar velhinhos pessoalmente, o que eu não era muito inclinado a fazer, vendo todos ali dentro matando uns aos outros pela esperança de poder viver em paz me parecia algo interessante  — Declare os Anciões e Conselheiros nukenins de Sunagakure publicamente, vamos deixar a seleção natural agir.  

Ryuujin: ???? HP / 2000 CH / 7 ST

  

Considerações:

Armamentos:

Desde que pousei as solas sobre as areias e pude sentir o vento escaldante permear minhas vestes aquele local já havia me soado aversivo. Muito da história que permeava meu passado havia sido enterrada junto de Gengis naquele túmulo; sua gordura sobrepujante mal cabia no confinamento das paredes de madeira, e ao desce-lo sete palmos selei com terra o último de meus males. Sobre o solo fértil restava apenas um Khan, de nome e autonomia, e a chuva que desceu sobre Amegakure naquela noite intensificou-se como se predissesse o futuro que aguardava as fronteiras ao sul. "Vermes!" Incontáveis eram as partículas de poeira que vagavam entre as vielas, e ali, frente ao caos que tomava o vilarejo finalmente sentia-me menos incomodado com o calor abafado que pressionava tudo abaixo de si contro o solo. Ryugan e Ryujin vieram logo após a morte do velho Gengis, parecia uma orientação celestial para que as portas do mundo se abrissem perante o novo reino, porém, questões de fé servem aos leigos; à nós cabia apenas a expansão do caos. -Tenho que me divertir as vezes. O fumo enrolado em palha rumava de meus dedos até os lábios. -Vocês não me aguentariam entediado. O riso recheado de sarcasmo foi camuflado pela cortina de fumaça que se esvaiu de minha boca.

A tomada de Sunagakure sucedeu com tamanha facilidade que temia o futuro. "Não há silêncio após um ataque com Kibaku Fuudas." Ryugan nos liderava rumo a torre diplomática da Areia após o discurso de Ryujin. "Apenas gritos, desordem, choro, e a alegria dos vencedores." No entanto, se não há calmaria após a tempestade, ela há de ocorrer antes e algo me dizia que os ventos levavam às outras nações nossos nomes e nossos interesses. De fato, o que gerou a monstruosidade que a elite shinobi tinha de encarar foi o próprio modo como eles levavam suas vidas e deixavam as demais escoar para margem, e apesar de não ter as atrocidades feitas ou mulheres estupradas ligadas à revolta popular, ver como a casta mais baixa de nossa gente vivia me soava uma boa desculpa caso caísse como réu em busca de anistia. -Não reclame, você seria como ele. Apaguei o fumo na porta e adentrei após ambos. -Todos seríamos! Talvez com um pouco mais de poder e inteligência. Apanhei um cinzeiro forjado em ouro e ornamentado com o nome do Kazekage. -Quem não queria ter um cinzeiro desses? É ouro maciço. Sorri para os dois e sentei-me sobre uma poltrona. Dentre eles, talvez pela idade, era o menos comedido em minhas falas, porém, elas nunca rumavam com menos calculo que as dos demais. -Concordo com Ryujin, não podemos subestima-los. Todo esse vilarejo deve ser queimado após as bibliotecas e salas de arquivos serem reviradas. Seria um recado digno que chegaria até todas as nações. Lancei os pés sobre o tampo de madeira da mesa. -Suna pode ser uma fonte rica para formar uma estratégia contra as outras nações, não devemos deixar passar absolutamente nada.

...

Passamos a noite naquele gabinete; Ryujin, em uma ironia que sempre me levantava suspeita, havia reservado um período de sono para si. Ryugan estava distante, concentrado e nos seus olhos podia ver um vislumbre de planos futuros. No entanto, naquela mesma sala, diferente de todos os outros me afundei em uma tarefa que faltava paciência para ambos executar; folhei um a um os documentos contidos naquela sala. Eram papéis sobre o vilarejo e seus planejamentos e esperava tirar algo de proveitoso daquela matéria prima bruta.

-Não importa! Respondi Ryugan de maneira franca enquanto permanecia sentado à mesa do Kage com os papéis em mãos. -O estado que aquele corpo estava, é melhor que chegue até eles do que fique aqui acumulando moscas e amedrontando pessoas que já nos temem. Larguei a folha em minha posse sobre a mesa e acendi o charuto fornecido por outrem. -Ele quer a ruína de tudo assim como nós, para que corpos? Ryujin demonstrava seu sadismo até mesmo em pequenos gestos, aquela era a particularidade máxima que parecia unir nós três. -Os anciões são uma solução ímpar para o próximo passo, acho que posso acabar encontrando algo útil nesses papéis também. Declare-os fugitivos e bote os guardas atrás deles e um prêmio de vida e propriedade nessa terra sem nada para o cidadão que os trouxer até nós, como Ryujin falou, veremos quem melhor se adapta. Apanhei novamente os papéis e entre tragos voltei a analisa-los de maneira minuciosa. -Mas acho válido que um de nós tome conta dos portões do vilarejo, caso alguma alma corajosa ainda insista em deixa-los sair. Meus olhos não desviavam aos deles, porém, minha atenção dividida entre decisões e analises era mantida pelo bem do que vinhamos fazendo e viríamos a concretizar.

HP: 2000; CH:2000; ST:7

  

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Os documentos em minha posse se mostravam de extrema valia, os papéis saltavam e tudo que havia recolhido durante a noite e analisado no processo apresentava-se perante mim como um condutor. "Kumo..." As relações diplomáticas entre ambos os vilarejos era consistente e regada a muitas mensagens, uma aliança que me levava a crer que a índole do Raikage não divergia muito da de Azir, ou corria em vertente muito próxima. Reservado ao segredo da pasta em meu flanco esquerdo estavam as informações sobre Kirigakure e seu potencial crescente que a firmava progressivamente no topo daquela hierarquia repleta de rupturas. Ao que tudo indicava existia pouca afinidade entre o Kazekage e os demais, e dentro de tudo aquilo que veio até mim os líderes da Névoa e da Pedra pareciam içar um ao outro até o topo. "Interessante." Relaxei minha massa corpórea sobre a cadeira após um longo tempo de tensão e foco. "Posso apostar que há muita sujeira nesse tratado." Os minérios transportados por aquelas rotas podia ser apenas um ponto no planejamento de Kiri e Iwagakure, porém, não havia relatos de negociações tão bem firmadas em nenhuma outra linha ou em qualquer outro documento; pareciam apodrecer de dentro para fora, segurando nos últimos aliados que tem antes que os trovões brilhassem em seus horizontes.

"Esse símbolo!" Minha mente fluiu descrente ao passo que meu corpo tornou a uma tensão ainda maior. Uma carta nos moldes das que trocávamos com Senõ estava escondida entre os papéis, presa à um clipe dentro de uma pasta escura. "Você é um filho da puta, Senõ." Apesar de controverso, o sorriso em minha face era diabólico e estático, como se a reviravolta existencial naquele momento fosse uma nova motivação à vida. Crente no segredo reservado ao nosso líder, levei o manuscrito até o bolso assim que identifiquei os passos ecoarem pelo corredor. "Isso tem que esperar." No entanto, não poderia.

Nunca havia visto aqueles sujeitos e a reciprocidade era a mesma ao notar sua apresentação; distintos em aparência e obviamente em iniciativa. Algo ali soou estranho e conflituoso com a carta recém encontrada. Levantei-me de maneira calma e prossegui até a parte posterior da mesa, onde me recostei sobre o tampo de madeira. -Bom, vocês deveriam ter trazido os anciões até aqui. Por que não trouxeram? Minha fala era teatral e levada pelos rios da calmaria. Guiei um dos charutos do Kazekage até meus lábios e então lancei um para Kaido e outro para o seu colega. -Mas entendo vocês, eu mesmo não me contenho quando vejo pessoas desse tipo. Sorri confiante para ambos e então guiei o isqueiro até o fumo. -O que Senõ disse à vocês? Ele deve ter alguma ordem e propósito para manda-los até aqui já que nunca fez isso antes, o que me levanta uma curiosidade. Passei a andar lentamente de um lado ao outro enquanto os observava de forma minuciosa e clara. -O que ele viu em vocês? Sussurrei em tom abafado. Se fossem enviados para nos matar sabiam de nossas habilidades de maneira antecipada e receber ou não um "presente" vindo de minhas mãos entregaria este fato. Porém, se estivessem ali para nos guiar até uma armadilha, apenas o diálogo e a informações sem coerência teriam o poder de demonstração.

HP: 2000; CH:2000; ST:7

  

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Estar repleto de riquezas poderia de fato, transformar um homem e Khan estava certo, mas a verdade não impediu de Ryugan mostrar descontentamento ao ser comparado com o falecido Kazekage, por mais que algumas atitudes pudessem ser parecidas, até mesmo, idênticas. E, tal fato, martelava na cabeça do Keshin até o dia que se sucedeu. Seus pensamentos vagavam após informar o desaparecimento do jazido líder do vilarejo, como também ler o novo informe do contratante Senõ. As palavras dos outros dois sussurravam entre seus ouvidos, sem que a devida atenção fosse dada.

Os joguinhos não interessavam à Ryugan, apesar de sua natureza psicótica implorasse para que entrasse na caçada aos Anciões da Areia, mas, notar Khan em sua perpetua busca por conhecimento fazia com que os olhos castanhos, quase enegrecidos do manipulador de vento permanecesse em seu foco. Apesar de ser o mais novo do trio, o jovem Shi demonstrava estar mais concentrado na missão, e imaginar que poderia estar sendo superado por uma criança que mal saiu das fraldas gerava pensamentos obscuros sobre como progredir tanto em mente quanto em corpo, para não ser sobrepujado pela força de seu companheiro.

O silencio em seu âmago era suspenso pela presença de dois homens, provindos da mesma organização liderada por Senõ. Um deles, o mais alto, carregava consigo um corpo que, Ryugan e toda sua experiência no campo da medicina, pode rapidamente concluir que estava morto, sem qualquer pulso, mesmo de longe e sem contato direto com ele. O mais baixo disparava algumas palavras nada confiáveis, por mais que todos ali fossem da mesma organização e buscam o novo mundo prometido pelo líder. — Hmm... — foi o único barulho que Keshin emitiu com as novas presenças, deixando Khan tomar conta da situação, mesmo que permanecesse prestando atenção em toda a conversa deles. — De fato, o velho está morto. Consigo afirmar isso, mas não confio nas palavras desses dois. — não se aguentou, não mesmo. Ryugan disparava algumas palavras na direção de Kaido e Ayko, sorrindo desdenhosamente ao fita-los.

Ryugan: 2000 HP / 2000 CH / 7 ST

  

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O charuto em mãos logo após deu lugar a alguns chicletes que eu pegaria de uma cúpula onde doces de todos os tipos se encontravam, o suficiente para encher meus bolsos e também me ajudar caso alguma medida cautelar fosse necessária. Enquano Khan estudava e Ryugan continuava em silêncio, eu guardava tempo para pilhar algumas coisas, principalmente fumo e chicletes, o por que? Ninguém entenderia, mas eu precisava de algum entretenimento quando não tinham corpos para empilhar.

O que me colocava a pensar, aquilo ali não era nada perto do dinheiro que nós três poderíamos ter caso quiséssemos derrubar estados menores, ou até mesmo as grandes vilas a mando dos outros, era um mercado sem fim, a pessoa que pagou um dia poderia ser alvo de outro golpe e assim em uma cascata de acontecimentos que transformariam a vida ninja em um paradoxo em busca do poder. No entanto estávamos ali para quebrar o ciclo, movidos cada um por seu ideal, cada um por seu combustível, glória? Mulheres? Dinheiro? Tudo aquilo não se comparava ao prazer de ver o desespero nos olhos daqueles que se dizem deuses. Meus sentimentos eram focados, estava entediado, mas ao mesmo tempo esperançoso com o que faríamos, estava relaxado, porém sem baixar a guarda, só podia confiar naqueles dois e mais ninguém, se fosse para tentar me matar, me matariam durante meus cochilos, não é mesmo?


Enquanto divagava em meus pensamentos geopolíticos, filosóficos e repletos de tédio pela primeira vez no dia algo novo aconteceu, a porta do gabinete abriu e dois homens se apresentaram como homens de Senõ, levando-me a dois pensamentos imediatos, eles já sabiam que estávamos no gabinete e já se encontravam na vila, afinal éramos os braços direitos do líder da organização, acima de nós somente Senõ, por qual motivo dois soldadinhos se encontravam ali? Por acaso Senõ duvidava do nosso potencial? Isso me levava a outro raciocínio. Se eu pudesse classificar os dois companheiros de equipe que eu possuía com apenas uma palavra eu com certeza tinha a ideal para ambos, insondáveis, mas por qual motivo? Simples, as habilidades deles poderiam facilmente ser classificadas como de nível de destruição de países inteiros, a união de um trio como nós não tinha necessidade de mandar dois limpa trilhos para ajudar, e pior, atrapalhar o nosso serviço.

— Vocês eliminaram os anciões?. — sorri com escárnio enquanto os olhos tremeluziam com a luminosidade que invadia a sala, junto disto deixando meu mau humor escapar brevemente com um olhar imerso em irritação, se tinha algo que me deixava possesso era a falta de respeito à hierarquia e parecia que Senõ estava começando a dar precedentes para isto, uma atitude que já fazia com que minha confiança nele se degradasse. 

— Mesmo que seja louvável a atitude de interrogar os velhos tenho apenas duas perguntas. Por qual motivo não se apresentaram antes de chegar e a segunda, por que não trouxeram os homens até aqui? estouraria uma bolha de chiclete enquanto esperava a resposta do homem que tomara a frente no assunto, eu não tinha interesse a ir para Otogakure, e sim em desequilibrar uma vila de cada vez, gerando pânico, destruindo o moral dos kages, fazendo com que a presa viesse até mim, trazendo a caça até o abate, não era mais divertido?

Ryuujin: ???? HP / 2000 CH / 7 ST

  

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Conhecendo meus companheiros da maneira como conhecia, era de se esperar aquele tipo de reação; as suas presas sempre estavam à mostra e nem sequer necessitavam de motivação, colocar um pingo de preocupação em ambos era um risco que Kaido e Ayako corriam. Minha preocupação não rondava sobre a integridade física de ambos, mas sim sobre ter dois corpos sem vidas que poderiam dar uma solução parcial para o real planejamento de Senõ. -Vamos nos acalmar. A Kusanagi correu de maneira lenta e dolorosa os braços de sua bainha; sem movimentos hostis, sem agressividade. Meus olhos apreciavam a lâmina enquanto meu rosto esbanjava um sorriso calmo e genuíno, sem explicação lógica aos demais. -Somos todos filhos de Senõ aqui, não somos? Tornei minha atenção para os convidados, apoiando a lâmina no chão e pousando as mãos sobre sua empunhadura como se fosse uma bengala. "Kaido me parece o mais sensato, o mais inteligente e intelectualmente astuto... Bom!"

Meu corpo alçaria como primeiro objetivo a marcação dada à Ayako, buscando suas costas e o metal cintilante em minhas mãos rumando até seu pescoço. A velocidade imposta era assustadora e a reação um efeito colateral de toda a situação na qual havíamos entrado. O segundo alvo seria alcançado da mesma forma, através da marca Hiraishin entregue, no entanto, o golpe a ser desferido visava arrancar-lhe ambas as mãos em dois cortes rápidos e contínuos antes de devolver a Kusanagi ao berço de seu repouso.

-Sabe Kaido, nós fomos traídos. Retirei a carta guardada em meu bolso e entreguei à Ryujin. -Mas aposto que você já sabia disso. As veias saltavam em minhas têmporas e o doujutsu visto durante uma infância como karma, agora despertava como a ira resguardada até aquele momento. -O que acha de me contar logo a verdade sobre os anciões e sobre Senõ antes que eu comece a me divertir com você... Guiei o fumo enrolado em palha até os lábios e o acendi. -Arrancando cada dedo seu e mandando você mesmo entregar pro merda que te mandou aqui.

HP: 2000; CH:2000; ST:6/7

  

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