Bye.

Minha história era antiga, já havia passado por várias lugares e acontecimentos, mas de todas, aquela parte da minha vida era a talvez mais complicada, óh sim. Eu tinha um desejo imenso de ação, queria me movimentar e fazer algo de especial; mas o que ? Minha mente vagava pelos confins do infinito em busca de uma resposta ou solução para isso. Eu buscava pela paz, mas para isso seria necessário vingança, o que começaria milhares de ondas de vinganças, que poderiam até mesmo ser infinito. Muitos procuram pela paz, mas eu pergunto, como ter paz para si quando o resto do mundo vive em amargura e raiva ? Seria um trajeto impossível de se percorrer, então era nessa hora que minha mente se dobrava e eu ficava a me perguntar se a paz realmente existia; e se existe, como alcança-la ?

Quanto mais o tempo passava o teto do quarto parecia ficar cada vez mais distante da minha cama, fiquei a observa-lo flutuar para longe, entrando atrás de nuvens e fazendo com que eu perdesse a visão do mesmo. Meus olhos se fecharam e abriram com uma enorme velocidade, e quando pude então perceber tudo estava de volta ao seu lugar. Me inclinei para frente e sentei na cama, me espreguiçando e coçando a cabeça enquanto tomava coragem para levantar naquela manhã fria e escura.

Como sempre, minha caminhada matinal me fez esquecer um pouco dos problemas e focar no presente. Todo dia de manhã eu saia para uma pequena caminhada e Jorge, o vendedor de maçãs sempre me dava uma de suas mercadorias, ele dizia que aquilo era para me dar força, mas nunca entendia exatamente o que ele queria dizer com isto, então apenas sorria e agradecia, voltando a andar pelas ruas escuras e frias da minha vila.

Todo o lugar ao meu redor começou a se dissolver, como se estivesse mergulhando em um mar de ácido, minhas penas bambiaram e se eu não tivesse me apoiado em uma parede havia caído, me desmontando no chão. Segurei a maçã na minha mão com mais força e comecei a mastiga-la, e no mesmo momento recuperei minha postura e continuei a andar. “quando será que isso irá acabar... ?” – perguntei a mim mesmo.  No meu subconsciente estava tudo bagunçado, papeis e gavetas esparramadas por todo o chão, formando uma espécie de rio que levava até uma porta, na qual eu mesmo jurei nunca entrar.

Minha caminhada chegou no ponto em que eu mais gostava: sentar sobre os portões da vila e ficar observando a beleza lá fora, tudo era diferente e ao meu ver melhor. Não lembrava quanto tempo havia se passado desde que saíra da minha vila natal, mas me sentia mais feliz aqui do que lá. Será que eles lembravam de mim ? Como seria uma volta depois de anos do nada, como uma surpresa ? Será que lá havia mudado, virado um lugar mais feliz e melhor para se morar ? Eu apenas teria essas respostas respondidas se eu fosse para lá.

Eram tantas perguntas que havia até mesmo me esquecido do meu verdadeiro foco para ir até ali; virei para trás e pude presenciar o Sol nascer, se erguendo de trás das montanhas que cercavam Kumogakure. Aquele bola de fogo brilhante se expandiu e começou a chegar mais perto muito rápido, queimando toda a vila e os moradores, suspirei e pisquei, fazendo com que tudo voltasse ao normal, com o Sol brilhante a milhares de quilômetros dali, flutuando no espaço. Aquilo poderia ser mudado ?

Voltei a minha residência e Tibbers me esperava sentado na minha cama, olhei para ele com um olhar que pedia ajuda, mas sabia que ele não poderia resolver minha situação, por isso me sentei ao lado dele e o peguei, colocando-o em minha mochila de viagem. Pus com tanto cuidado e carinho que dei um pequeno suspiro. “Estou velho...” – murmurei enquanto colocava objetos e alimentos para viagem perto do meu ursinho de pelúcia. Tibbers me olhou e abraçou, como se quisesse restaurar toda a minha esperança. Retribui o abraço e ele se desfez, voltando ao lugar na onde havia deixado-o. Por fim, peguei o resto dos meus equipamentos ninjas nos quais estavam distribuídos por três hip-pouchs e coloquei em um bolso separado da mochila, um de fácil acesso.

Agora estava longe da minha casa, caminhando tranquilamente para longe daquele lugar, tinha em mente que eles me deixariam passar já que eu tinha um dos ranks mais altos da vila, mas ainda assim eu sabia como aquela vila agia e eu estava ciente que poderia aparecer um dos membros da mesma para tentar me impedir, e temia que este fosse um ANBU, pois sabia o potencial deles, já que eu mesmo havia avaliados suas inscrições para a entrada de tal esquadrão.

Meus olhos guiaram-se ao horizonte e continuei a caminhar, buscando o meu próprio rumo.

Life: 1000/1000
Mana: 1200/1200

Etc.:

Descrições.::