Dante vs Front [Desafio | Mestre Genjutsu]

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Aquelas sórdidas e desafinadas notas pareciam se materializar, em pares bailavam em formas luminosas e desordenadas a minha volta. Cada tecla pressionada era um caos que se instalava, minha fértil mente via os pontos amarelados rodearem os azuis que permaneciam estagnados no ar. Se assemelhava ao modelo atômico contemporâneo. A cena era gótica, o quarto escuro e bagunçado com livros e quadros jogados tenha em seu centro um piano, piano este que ao refletir a luz lunar demonstrava a deprimida e perturbada face de um homem, melancólico na vida e desajustado na música, eu. Pude ver ao meu lado aquela mesma figura loira que a muito me atormentava, o sorriso diabólico em seu rosto já era rotineiro, assim como suas mãos repletas de sangue. Era confuso para a minha mente aceitar aquele alter-ego, ainda mais quando se sabe que é inevitável o conflito entre ambas as personalidades. Eu, Dante, nada mais era que o reflexo do distúrbio em frente a um espelho, todo os conflitos psicológicos reprimidos em meu peito me fizeram criar Tyler como uma válvula de escape, escape este que poderia fragmentar meu cérebro e reduzi-lo a zero. Tyler vem a ser a segunda personalidade, o segundo eu, meu alter-ego, ele torna-se perigoso a partir do momento que acha as formas mais sem escrúpulos para tentar assumir o controle do corpo no qual repousou no inconsciente durante anos, lá eu deveria ter o deixado. -Olá, Dante, por gentileza toque com mais delicadeza este velho piano, afinal, no universo dos teus sonhos ele nada mais é que sua alma enferrujada e desgastada do tempo.- Ressoou a voz cortante e irônica de Tyler, este sentado ao meu lado enquanto as desordenadas notas persistiam em surgir ao acaso sob meus dedos. -Você sabe, se não fosse por mim nós não estaríamos aqui, se não fosse por mim e único bem material que você possui além deste piano, seu corpo, estaria estirado ao relento de alguma trincheira. Tudo que você possui é meu por direito, tudo que você conquistou desde intelectos filosóficos até habilidades físicas são minhas. Meu nobre confrade, você sabe muito bem que só persiste no comando pois teve o mérito de nascer primeiro- Minha mente se distanciou das palavras do conflito psicológico que ali ocorria, era como se uma terceira pessoa observasse tudo. Minha mente já não suportava mais aquelas visitas rotineiras que Tyler fazia quando meu corpo clamava por repouso, tudo aquilo um dia ainda faria uma explosão colossal que teria como prova apenas partes materiais do que um dia se chamou de cérebro. Um estrondo e então acordei.

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Eram quatro horas da manhã e minha cabeça fervia sobre o travesseiro, me mantive ali parado enquanto filosofava em meus pensamentos sobre o universo e como nos assemelhamos a ele, apesar de saber que aquilo tudo nunca iria para um papel ou viria a ser publicado, a filosofia assim como a psicologia eram um vicio tão consumidor como alucinógenos, afinal, o efeito era quase o mesmo. Após alguns pensamentos e reviravoltas em conceitos e ideais, resolvi me levantar. Meu corpo nu se esgueirou pelos corredores úmidos e vazios do local até me levarem ao banheiro, onde me tranquei. O sol já havia nascido quando bati a porta e caminhei para fora da escura caverna, apesar de não fazer sentido ter algo semelhante a uma casa dentro de uma caverna, minha mania e perfeccionismo em relação a proteção me fazia viver metodicamente. Caminhei por um pequeno vale até chegar a uma espécie de clareira que tinha suas árvores de tamanho tal a fornecer refrescantes sombras que se dispunham de qualquer forma pelo campo livre. Aquela baixa grama abraçou meus pés e lá me mantive, a espera do colega e também adversário.

All/Full

Afins.:

Adicionais.:

"Oxirra Ítaxe contra Oxirra Ítaxe"

Front vagava por entre arvoredos, os quais impediam a dispersão de luz solar pelo meio. A parcial umidade - provinda de um conjunto de lagos próximos à floresta - incomodava o ninja, que sentia-se amedrontado em meio à solitária selva. Ao avistar uma clareira, Line animara-se. Não obstante, existia um acúmulo de chakra no local. Cauteloso, Front aproximou-se, sempre esgueirando-se como um vulto em ritmo andantino. Som algum era transmitido pelo garoto, e afirmar que este aparentava ser uma sombra era prepotência, uma vez que Front evitou quaisquer indícios de presença humana, os quais poderiam denunciá-lo. Line se posicionou a aproximadamente trinta e cinco metros do centro da clareira, acreditando estar totalmente oculto. Ali, aguardou.

FrontLine
HP: 1400|1400
CH: 1550|1600

Spoilers:

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Até para uma mente paciente como a minha o tempo de espera era desconfortante, já havia analisado cada pedaço do local e planejado rotas e aproveitamentos essenciais para o combate. Mas onde estava o segundo combatente? Com calma meu chakra foi canalizado e minha pupila teve sua forma geométrica alterada, transformando-se em uma espécie da catavento preto com o fundo vermelho sangue. Girei meu corpo me posicionando de frente para o que antes via minhas costas, e leves passos me guiaram na diagonal me deixando aproximadamente cinco metros a direita e a frente da minha antiga posição. O vento dançou com as copas das arvores, aquilo era belo. Porém, entre as singelas folhas que caíam calmas pelo ar avistei algo que me chamou a atenção. Um fluxo de chakra distante surgiu em uma faixa em meio as arvores, acreditei na intuição de que aquele fluxo era hostil. Botei em prática o que já havia sido pré-planejado.

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Arrebentei rapidamente os fios que ligavam as kunais a mim então as joguei, no entanto, era nítido o fato de uma delas ter uma trajetória diferente. Corri pelo flanco direito daquele fluxo de chakra ao qual venho a chamar de oponente, e ao alcançar meu primeiro destino fiz um breve e quase invisível selo de mão. Ainda sem perder o "adversário" de vista resolvi buscar um confronto físico, algo que me levou a ir mais ainda para dentro da floresta que crescia gloriosa a minha volta.

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Eu já me encontrava próximo o suficiente para ver a face de meu oponente, este que já me era um pouco familiar pelo ambiente de convívio. Uma camada translúcida abraçou meu corpo por inteiro, e então o primeiro golpe foi dado, um soco na direção do estomago do oponente. Em seguida rotacionei meu corpo com intuito de aderir velocidade ao chute que ia com extrema força visando acertar o pescoço do adversário. Mantendo uma respiração constante não sessei meus ataque, abracei com a palma esquerda o punho direito e com impulso extra deste movimento busquei uma cotovelada de baixo para cima rumo ao queixo do adversário. Pulei cerca de um metro e meio e sacando uma kunai a lancei em direção de uma arvore, no entanto, em meio a este mesmo pulo utilizei de um chute giratório para tentar deslocar o maxilar do adversário. Saltei para trás e me mantive a dez metros do oponente, visando a qualquer momento um contato visual, algo que poderia ser a sentença para o fim do combate.

HP/Full
CH/1760

Afins.:

Adicionais.:

Técnicas.: