O Fim dos Tempos.

Assunto: O Fim dos Tempos. 13/11/2012, 16:22

O Primeiro Passo.

Citação :: [15/06; 12:00; Radix (Capital da Noxus)]

Leonta: Como todos aqui presentes sabem, hoje é o tão esperado Dia da Diarqueia. O dia em que os pequenos filhotes se tornam os caçadores. O momento que eles evoluem, passam de protegidos para protetores. De aprendizes para caçadores. Eles passam 16 anos de suas vidas amolando suas garras e dentes, afiando seus sentidos e adquirindo a capacidade para se tornarem predadores temíveis e vorazes. Prontos para irem atrás de sua, da nossa caça. Defendem a alcateia como lobos furiosos, e destroem os inimigos como leões majestosos. Eu, Leonta, Líder da Noxus, acompanharei de perto a ascensão dos pequenos a grandes. Que comece a Diarqueia!
A Diarqueia. Um concurso que concede aos jovens que passarem a Licença de Venácia, uma permissão legal para poder se alistar no Exército da Noxus e ter acesso público à sua transformação híbrida. Algo com o qual todos sonham. Um presente com um significado especial, praticamente uma dádiva divina. Muitos matariam, e realmente acabam matando, para alcançar tal sonho. A Diarqueia consistia em nada mais do que uma prova de tempo indeterminado, aonde os participantes devem sobreviver numa floresta infestada de animais selvagens, plantas venenosas e carnívoras, e os outros participantes. Divididos em equipes de 4 pessoas, todos devem sobreviver. Uma equipe incompleta é desqualificada. Uma competição difícil. Mas era uma dificuldade que acabava na realização dos sonhos.
A hora da seleção das equipes havia chegado. Haviam no total 240 participantes, um total de 60 equipes. A prova neste ano estava realmente difícil. Não só pelo número de equipes, mas pela expansão do local aonde a prova ocorria. A floresta fora alargada, e mais espécies, nativas e imigrantes, foram adicionadas à sua fauna, como também mais plantas à flora. Todos estavam muito apreensivos, ansiosos pelo inicio. Equipes definidas, todos se dirigiram a um pavimento do Salão Enthesis, um imenso salão aonde ocorria os maiores eventos da cidade, para conhecer seus aliados.
Koff: Meu nome é Koff. A única coisa que desejo aqui é vencer.
Mag Panamera: Sou Mag, Mag Panamera, quente como água fervente, sacou?
Deddron: Eu sou o Deddron, e este é o Letou. Somos bons amigos, certo Letou?
Homem 4: Eu me chamo Skailo. Não tenho o que falar.
Uma das equipes entre as mais de 200, mas uma bem especial. Formada por um garoto cujo ódio ardia como brasa, um filho de soldados de alta patente no exército, um promissor garoto e um prodígio considerado gênio da sua geração, esta era uma das favoritas este ano. Uma equipe cuja torcida era enorme.
Era dado inicio ao torneio. As equipes se dirigiam aos portões para receberam as informações sobre as regras da competição. Então, entravam. Se alastravam pela densa floresta. O começo, como sempre, era calmo. A calmaria tranquilizante que precede a tempestade caótica. E eles se espalhavam. Miseráveis sombras na gigantesca e exótica floresta obscura. A Floresta de Tafos, ou como era popularmente conhecida, Jardim dos Demônios. Nem todos que ali entravam vivos saíam. É um lugar infestado por bestas sanguinárias e plantas sobrenaturais. Dizem que mesmo os anjos evitam este lugar, e o amaldiçoam por existir. E era exatamente por isso que os que voltavam eram considerados dignos de seus poderes. Era uma forma de mostrar a honra e dignidade.

[29/06; 18:47; Floresta de Tafos]

Mag Panamera: Droga... Já se passaram 14 dias, e nós estamos mais longe do fim do que o mar está do céu.
Deddron: Pelo menos estamos vivos. Mas ainda sinto remorso pelos que matamos...
Skailo: Aqueles que morrem já se foram. Nenhum tipo de remorso os trará de volta. Esqueça isso e se concentre.
Deddron: Mas, ainda assim...
Skailo: Se contente com a vida que ainda possui, pois senão, eu o farei ver seus colegas.
Uma sinistra pausa e um gélido silêncio foi estabelecido. Tanto Deddron quanto Mag foram surpreendidos pela frieza e egoísmo de Skailo ao proferir aquele “sermão”. Mas Koff ainda assim não se pronunciava. Sempre com seu Dracofídio (Dragão-Cobra) enrolado em torno de seu pescoço, ele simplesmente acompanhava seus companheiros, que ao seu ver mais pareciam ferramentas necessárias para alimentar o ódio constante que crescia em sua alma. Seus olhos reluziam com a luz sombria do ódio. Era bem perceptível, esbanjado em sua feição.
Num momento depois, uma outra equipe surgia das sombras. Na verdade, eram apenas 2 pessoas. Feridas e ensanguentadas. Talvez loucas. Investiram vorazes para cima dos garotos, que se defenderam. Um Onquíalogo (Onça-Cavalo) pulou em cima de Mag, que reagiu expelindo chamas incandescentes que consumiram o animal. Seu dono reagiu com um soco desferido por um punho petrificado. Mag desviou por pouco, e em tão pôs seu oponente para dormir com um lençol de chamas. Koff fora atacado por um Maimaraquio (Macaco-Falcão), que fora simplesmente abatido por um soco absurdamente forte de Koff. Já seu dono fora pego uma poderosa chifrada de Letou, o Liontabo (Leão-Touro) de Deddron.
Koff: Não intervenha em minhas lutas.
Deddron: Foi mal...
Mag: Ei Skailo, porque você ainda não mostrou suas habilidades?
Skailo: Kinikus é o bastante.
Mag: Você não sobreviveria sozinho só com esse seu Alico (Crocodilo-Lobo).
Skailo: Ele é o suficiente.
Mag: Mas você não tem nenhuma habilidade?
Skailo: Matar é minha maior habilidade.
Skailo mais uma vez criara aquela pausa sucedida pelo silêncio mortal. A expressão de Mag mostrava tanto surpresa quanto temor à resposta fria de Skailo. Mag contemplara a escuridão que Skailo guardava dentro de si e carregava como um fardo.
Skailo: Vamos continuar.
E foram, floresta à dentro, sem saber que mais problemas se aproximavam.

[10/07; 20:11; Floresta de Tafos]

Mag: Porquê simplesmente não podemos sair voando daqui?
Deddron: E como faria isso?
Mag: Sei lá... Magia negra, talvez.
Deddron: E você lá tem noções de feitiçaria?
Mag: Posso aprender...
Skailo: Calados!
Pelo seu estilo, Skailo sempre acabava com conversas. Com seu jeito frio de ser, dava a impressão de que vozes irritavam seus ouvidos. Mag já estava com temor por Skailo. Temor pela escuridão que envolvia o coração de Skailo e se refletia nos seu olhar. Ele não falara nada a Deddron, que nesses dias havia se tornado um grande amigo para Mag. Só ele conhecia a escuridão que Skailo armazenava dentro de si. Ele então começou a pensar se tal fardo que gerava a frieza de Skailo era o que gerava o isolamento de Koff. De súbito, todos começaram a ouvir um som estonteante de um grasnar horrível.
Deddron: O que é isso?
Skailo: Um aliaco (Pássaro-Solar).
Mag: Um aliaco? Mas essas coisas nem existem!
Skailo: Claro que existem. Se não existissem, não haveriam as lendas.
Mag: Mas o que uma aliaco faz aqui?
Koff: (Um aliaco... Uma espécie formada por uma miscigenação especial, de uma águia com a luz solar)
Skailo: Creio que fora atraído pela aglomeração de espécies animais e vegetais que há nessa região.
Deddron: Droga, estava tudo indo tão bem!
Koff: Deixem de ser covardes. Se pensam que morrerão, posso tornar realidade esse seu tipo de pensamento agora.
Foi o bastante para selar o diálogo. “Skailo tem um concorrente,” fora o que Mag pensou. Conversa acabada, eles se aprontaram para encarar o monstro que acharam. Seguindo o grasnar, eles acabaram por encontrar a besta. Com uma penugem escarlate como sangue, um bico dourado como o ouro, garras negra como a noite, e uma luz que reluzia de seu corpo como se este fosse o sol. Essa é a descrição mais coerente para definir a fera. Nascida através da junção das células dos raios solares que se são atraídos pelo símpano presente num pássaro e se impregna nele, criando assim o Aliaco. Lendária por ter sido usada nas primeiras décadas da Era Interozoica. Os melusanos primitivos capturavam os, que na época eram abundantes, aliacos para usá-los como faróis e meio de sinalização em caçadas noturnas. Mas com o passar dos anos, essas feras foram sendo caçadas de uma forma descontrolada para serem comercializadas por sua penugem brilhosa. O poder da fera era enorme.
Mag: Aí está...

» O Fim dos Tempos.
» Tempos.
» Tempos passados...
» Os tempos de iwa já se foram...
» Como nos velhos tempos.. [OFF]