No passo a passo.

Saída;

Ouvi o som do vento passando pelas árvores congeladas enquanto caminhava, quase afundando na neve que cobria todo o campo. Não tinha um verde por aqui, era tudo cinza e parecia sem vida, mas me perguntava como alguém conseguiria viver aqui; de onde eu vinha, o clima é completamente diferente; quente e exaustante. Pus a mão na testa para evitar o sol que vinha lá de cima; apesar do frio imenso, ainda tinha sol.

Evitei correr, por isso dei mais alguns passos até uma residência, aparentemente abandonada, que avistei a alguns metros. Entrar nela não foi difícil, uma janela estava aberta e eu consegui passar por ela facilmente. Havia um pouco de neve lá dentro mas nada que pudesse me impedir de ficar lá por algum tempo. Larguei a mochila no chão e peguei algumas coisas que tinham lá dentro: uma faixa e uma pequena bolsa. Amarrei a faixa em torno da testa, substituindo-a pela bandana de Suna. A pequena bolsa continha alguns utensílios ninjas e foi colocada na parte de trás da cintura, bem presa. Envolvi-me em um manto negro que cobria das cabeças aos pés, com um capuz também. Não levava outras armas, pois havia um método especial de trazê-las quando quisesse.

Saltei para a janela, e sentei ali mesmo. Talvez estivesse esperando alguém aparecer, ou só quisesse passar o tempo mesmo, mas tinha a intuição de que alguém surgiria.

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A new journey;

Alguns passos são mais longos que outros. A incerteza da vida a faz tão envolvente; Meu novos caminhos faziam-me ver isto, e, pouco a pouco, eu curtia mais. A algum tempo passado, eu estava sob o solo quente de suna, tão vivo e mágico, talvez, por ser minha casa. Agora, caminho sobre uma neve magnífica, infinta, no seu brilhar sem cor. Apesar de ser comum, meu admirar era insano; Coisas novas me iludiam. Acendi meu cigarro, quase que instativamente, afinal, o frio requer um cigarro. Na real, qualquer coisa me fazia fumar, eu só tentava me enganar, dando motivos. Enfim, caminhei torto; Segui por aquele lugar assim, como uma fumaça que se esvaí. Parecia que eu procurava por algo, ou realmente procurava. Talvez, alguma coisa que me trazessa mais que a curtição, já experimentada, alguma coisa que me fizesse agir, aflito. Eis que eu encontro um amigo, conterrâneo, que, apesar da ausência da bandana da vila, reconheci. Podia me ajudar, quem sabe. ─ Eae brother. Sark ~ Full. Oham ~ Full. Shichi ~ Full. Descrições ~ Link.

Someone, Somewhere...

Não fazia muito que havia partido, mas já estava longe. Ôh se estava. As árvores, antes robustas e floridas, adotaram uma coloração esbranquiçada e frágil. Sem mencionar este ar gélido, muito diferente ao qual estava acostumado; Detestava-o. Mas este lugar não era de todo mal. Sim, ouvi muitas histórias, durante a infância, sobre selvagens que viviam em climas como este; Fábulas as quais fascinavam-me. Além do mais, seria um região perfeita para minha camuflagem.

A neve tornava-se mais espessa a medida que o tempo passava. Mesmo para mim, seria uma viagem difícil caso continuasse. Precisava de um abrigo. Os papeis agrupavam-se outra vez, porém desta, tomando uma forma mais humana. Pelo pouco que conseguia avistar, uma moradia localizava-se logo adiante, aproximava-me.

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Estava tão frio que tive que soprar minhas mãos para ter algum calor, esfregando-as sequencialmente. Era irônico como vim parar em um lugar tão distante de casa como esse. O clima não era dos melhores, mas com certeza o frio era melhor do que o calor constante; apesar de já ter convivido no frio anteriormente. Senti o cheiro do fumo que esvaía do cigarro de um homem que caminhava contra mim. Reconheci-o de imediato; não só por este hábito mas pela aparência também; um homem velho, porém forte. Dirigiu-se a mim com sua voz singela e distraída.

─ E-E aí. C-como vai? ─ Respondi-o. Meu queixo trêmulo fazia meus dentes se tocarem insanamente. Fiquei com medo, mas ele estava ali, e talvez pudesse me ajudar. ─ Já faz m-muito tempo, n-não? ─ Sim, fazia tanto tempo que eu fiquei até em dúvidas se podia confiar nele ou não. Mas a essa altura, eu não tinha muitas escolhas. A vida que levo não poderia ser considerada uma vida. Respirar não significava estar vivo, não para mim.

Do lado oposto, uma pessoa surgiu. Incrivelmente, eu não percebi sua presença até ela estar bem ali, na minha frente - após virar de lado e focá-lo com os olhos. Um ninja habilidoso? Posicionei-me com o joelho dobrado na janela, de forma com que pudesse saltar facilmente para frente, caso fosse necessário. O parceiro de vila a alguns poucos metros de mim também deveria ter percebido, deduzi isso graças ao conhecimento de suas habilidades; não precisas, não todas.

─ Quem é você? ─ Indaguei-o. Caminhou contra nós ou talvez só queria se aproximar da residência. Seus cabelos escarlates poderiam ser vistos de longe, no meio desse branco todo. Mas não foi isso que me fez o notar; fora sua repentina aparição. Estranhamente, deixei de me afetar pelo frio; parei de tremer o queixo. O momento poderia ter mudado isso, ou não. Só sei que eu deveria ficar atento com este novo ser.

─ Está perdido? Não parece ser daqui também. Você é bem discreto, por sinal. Não o vi chegar. ─ Disse tudo o que queria dizer de cara, eu era assim. Minto, não disse tudo, mas algumas coisas não poderiam simplesmente ser ditas para uma pessoa que nunca havia visto na vida. Ironicamente, eu sentia que já o tivera conhecido, em outra vida, talvez.. Aquele pressentimento era incomum, mas eu o deixei de lado enquanto apenas o fitava de olhos semicerrados. Seus cabelos eram realmente lindos e chamativos como os meus, laranjas cor de fogo.

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Meditate, the beginning;

O clima era evidentemente gelado, entretanto, ainda me assustei com a reação do garoto. Ele parecia estar sentindo bem mais frio que eu. Era horas como essa que eu me orgulhava dos meu vícios errados. ─ Aceita um cigarro, brother? ─ Ofereci-o, em respostas a seu pedido implícito. ─ Está tudo tranquilo, na mesma. Suna as vezes pode ser bastante entediante, sabe. Resolvi viajar. ─ Uma resposta esperada, talvez. Afinal, o que eu poderia fazer aqui, tão longe; Descobrir novos mundos, me mover, viver, é claro. Apesar da minha falta de experiência com o novo, duvidava se aquele era mesmo o lugar para começar: Sua magnitude se resumia a simples neve. Talvez um lugar para meditar? O que minha mãe queria dizer? Suspeitei, então, que ela estava me avisando, que ali era realmente o inicio. Paz? Só pode significar uma coisa: Meditar! O que eu sempre faço - e farei - no começo de tudo na minha vida. Arqueei as sobrancelhas para aquele próximo a mim; explicava-o que não fazia necessidade me entender, e, que apenas soubesse que aquilo era uma coisa boa. Assim, pus-me em posição de relaxamento mútuo. Meus braços e pernas alinham-se perfeitos; Meu costume era vísivel. Meu corpo transcende: A neve não era mais vista, o vento não era mais apreciado, e o frio quase não mais sentido. Abdicava das minhas sensações mundanas, meu espírito afastava-se pouco a pouco dali. Apenas uma condição me restava em meio àquele breu espiritual, afinal, era tudo por ela e para ela: A benção de Alihana; Meus ouvidos tornam-se perfeitos, aptos, portanto, a serem minha única ligação com o ambiente. E fora com isso que eu percebi algo, um tom fora de ordem. Mais um alguém caminhava contra nós. Ouvir meu aliado se armar, sugeriu-me um possível inimigo. Eu conhecia o potencial da minha vila, e, por isso, mantive-me imóvel, ainda meditando; Deixaria-o resolver, se fosse realmente um problema. Entretanto, era um velho rabugento, e estaria pronto para qualquer imprevisto. ─ Qualquer coisa, chame. Eu vou te escutar. Sark: Full. Oham: Full. Shichi: Full. Descrições: Link. Mais:

Ao mesmo passo que me aproximava daquele refúgio, dois novos serem foram surgindo perante aquela tempestade que insistia em manter-se forte. Estes, conversavam entre si, até que finalmente me avistaram. Mas que m... pelo visto terei que buscar outro abrigo, pensei. A cada floco que tocava minha pele, sentia o frio abraçando-me com mais vigor, não teria outra escolha.

Agora, o jovem de cabelos semelhantes aos meus contestava-me. ─ Noah... Chamam-me de Noah. ─ Respondi-o, sofrendo ainda mais com este clima. ─ Quase isso. Tenho assuntos pendentes em algum vilarejo não muito distante de onde estamos. ─ Acariciava minha bandana, ao perceber que eles não portavam as suas. Apesar do outro indivíduo ter adotado uma posição pacífica, de prece.

─ "Também"? Vocês não são daqui, pelo visto... ─ Continuava, enquanto avaliava se aquilo teria sido um elogio ou não. Confesso que era um pouco estranha a forma que ele se dirigia a mim, como se me conhecesse há tempos, ainda que esta era uma sensação mútua, por sinal. Porém tentava não demonstrar este atípico acaso, soprando minhas mãos, agora juntas, na tentativa de aliviar também, por menos que seja, o frio.

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─ Noah, hm? É um nome legal. ─ Era claramente uma tentativa de enrolar o assunto, pois não tinha muito o que fazer; não esperava realmente que ele fosse me dizer o verdadeiro nome. Apesar de que, esse talvez pudesse não ser o seu verdadeiro nome, mas isso tudo pouco importava.

─ Estou saindo, velho. ─  Fitei o velho sentado no chão e disse. Não apreciava muito essa meditação que ele estava fazendo, mas também não tinha nada contra. Fechei as pálpebras e suspirei levemente, ascendendo um cigarro logo em seguida. ─ Qualquer coisa, me procure. Até.

─ Siga-me, se quiser, Noah. ─ Caminhei na densa névoa, apesar de ter uma tempestade passageira por ali. Visei o norte. Dava para se notar algumas casas em meio ao branco eterno, e logo logo achei uma cidade um pouco povoada. Me surpreendeu ela estar ativa aqui, no nada, assim. Várias lojas, várias pessoas nas ruas, vestidas adequadamente para o clima, que talvez, não as afetasse tanto assim como me afeta. Eu era um fracasso mesmo. ─ Não tem muito o que fazer aqui, vou apenas comprar algumas coisas e vou partir. Acho que você pode me ajudar se quiser, mas afinal, por que está aqui? ─ Minha constante indagação a sua pessoa deveria estar o irritando já, mas eu era assim. Uma pessoa bem chata.

A medida que caminhava olhando para os lados o tempo passava lentamente. A cidade não parecia ser tão grande quanto aparentava, e ainda sim, encontrei uma loja que me chamou a atenção. Nela eu consegui uma grande quantidade de comida e bebida, que paguei a vista. Saí e segui o rumo. A oferta eu já tinha feito, cabia a ele aceitá-la. Ia comendo algumas daquelas coisas crocantes no caminho, que apesar do frio, não deixavam de ser deliciosas. Ativei uma técnica discretamente, mas era aqui que as coisas começavam a ficar sérias.

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Citação :

Chakra Sensing Technique
Rank: -
Descrição: Esta técnica é usada por sensores para detectar o chakra de alguém. Usando este jutsu, os sensores podem dizer quando os inimigos estão se aproximando, e pode facilmente rastrear alvos. O alcance desta técnica varia entre os sensores.

A trip, the second step;

As vezes eu ofereço por oferecer; Meu último cigarro e o garoto havia pego. Sorte que meu mantra manteve-me repleto, enquanto meu vicio fazia-se presente. ─ Ah, eu vou contigo, posso? Me mostre aí o que os jovens fazem hoje em dia. ─ Disse, enquanto finalizava meu mantra. Sussurro mentalmente minha prece, meu agradecimento, por tudo que minhas mães fazem e, que eu sei que ainda farão, por mim. Logo em seguida, ergo minha postura, pronto para partir. Porém, no processo, minha coluna estrala, num vibrar mais que intenso. Apenas sorrio, sem graça, tentando não demonstrar preocupação, tentando não parecer um estorvo ali. Também fora convidado aquele que chegou por último. Na minha mente velha e desgastada, formava-se um clã, pronto para lutar. Mas que luta? Eu não sabia; e nem se teria alguma. Eu só relembrava os meus tempos de energia. Caminhamos por algum tempo sobre a quase nevasca; Até que encontramos uma cidade, pequena, daquelas de viagem. Nesse percorrer, meu conterrâneo insistia em fazer várias perguntas, que, apesar da falta de momento, não criavam muito alarde. Eu permaneci calado, até então. ─ Hey, pode me esperar? Eu vou só ali comprar cigarro. ─ Pedi cortês, enquanto já caminhava em outra direção. Assim, escorri entre aqueles becos tão ágil, que duvidavam da minha idade; Coisas de um desesperado. Ou admirador, como eu gostava de falar: Eu curtia meu tabaco, ora, porque teria que viver sem ele? Assim, andei pelo lugar, loja por loja, até encontrá-lo. Por sorte, uma velhinha linda, de expressão generosa, havia um punhado para vender. Tratei de pagar, e reservá-la boas gorjetas. Voltando para próximo dos garotos, vejo um deles comendo. ─ Ah, você comprou comida? Bôua. Eu comprei o fumo. ─ Enquanto falava, tomava o pacote da mão dele e retribuía-o com um dos meus cigarros. O clima amistoso sugeria um som, que, julguei ser costume dos velhos começarem. Então: ─ We have come to cry, upon the hillside and why? Loaning them hearts to you and I robbing against them, oh I Smile... ─ Apesar da minha voz estridente, acreditava que eles curtiriam a melodia. Sark: Full. Oham: Full. Shichi: Full. Descrições: Link. Mais:

Aquele momento não perdurou por muito mais tempo. O ruivo, logo, despedia-se do seu parceiro, e posteriormente, fizera-me o convite de acompanhá-lo. Ainda no início, senti uma ponta de dúvida sobre o que faria: Ou segui-lo, ou adotar o meu próprio caminho. Tomei a primeira opção; precisava alimentar aquela incerteza que tinha sobre ele. Até mesmo o homem que curtia meditar levantou-se e andou logo atrás dele. Apenas perguntava-me para onde eles estavam indo, e por qual objetivo me chamara.

─ Qual o seu nome mesmo? Acabei esquecendo de perguntar ─ Indagava, enquanto procurava algum refúgio deste clima desagradável. ─ Como havia dito, tenho quem fazer uma coisa numa vila aqui perto... ─ Recuava um pouco. ─ Mas que tipo de ajuda você precisa? ─ Terminava de demandar.

Aproveitando que o monge havia tomado um outro caminho, em busca de seu tabaco, acompanhava o ruivo em uma loja que adentrava, afinal, também precisava comer alguma coisa; a viajem apenas certificava-me ainda mais disso. Não obstante, precisava me apressar, não demoraria muito para que chegasse a hora e ao local do decisivo. Pouco depois, o homem voltava, com o cigarro prometido. Como um dos mantimentos comprados não fazia muito, ao som da cantoria do velho; mas devo admitir, até que estava curtindo esta música.

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