Cheguei

O céu era limpo, pouquíssimas nuvens vagavam sem rumo -como Paradox - pela imensidão deste. O sol? No seu apogeu, brilhante e estonteante como sempre, cortando o ar e complementando a paisagem do local. A rasta vegetação ali presente refletia parte dos raios solares e transmitia tranquilidade. Apesar de rasteira, haviam raras exceções, tais como árvores presentes no caminho que proporcionavam a Paradox sombras. Qual caminho? Nem mesmo o ninja saberia responder. Entretanto, o nukenin era seguro, não se importava com as direções que aderia, pois, quaisquer que fossem, ele tinha ciência que sobreviveria. Volta e meia montanhas surgiam como obstáculo... obstáculo? Nada que um jutsu básico não pudesse resolver. Paradox estava atônito graças ao sentimento jamais provado por ele, a liberdade, sentimento que desencadeava inúmeras reações de seu metabolismo e elevava seu humor ao máximo grau.

Algumas horas ja haviam se passado desde que o ninja deixou sua vila natal, Konoha. As armas que Paradox carregava começaram a pesar, e sua consciência, inclusive. Ele havia abandonado aqueles que o acolheram, dado as costas para quem nunca o fez. Todavia, o antigo jounnin era sábio o bastante para ter certeza de que agira corretamente, ele precisava de liberdade, descanso, e até - quem dera - novas aventuras. Paradox chacoalhou a cabeça diversas vezes ansiando afastar as ideias que haviam tomado conta dele. Este continuou percorrendo o desconhecido, o suor percorria lentamente a lateral do olho castanho-avermelhado do nukenin. Ele não devia ter mais suor para expelir, não podia, estava cansadinho, mas fora preparado para aguentar muito mais que aquilo. Sangue para sangrar? Ele guardava para o que o esperava.

Paradox sucumbiu. Deixou-se tomar pela exaustão e, em seguida, acomodou-se em um tronco de um grande e majestoso carvalho. O ninja ajeitou seus - poucos - pertences aos seus pés e, ao olhar para o lado, fora surpreendido! Uma bomba!? Não, um esquilo. E ai rapaz, como vai a vida por aqui - balbuciou Paradox para o animal - muita coisa acontecendo? O antigo jounnin já havia conversado com animais diversas vezes, e aquela seria apenas mais uma de muitas. Sa○a d○qui N○nja imun○o! - respondeu sem clareza o esquilo, que deixou o local correndo, misturando-se às sombras das árvores - já comuns no local. O nukenin encostou sua nuca no tronco, cobriu os olhos com a bandana riscada, praguejou algumas palavras aleatórias e adormeceu.

O sol ainda se escondia atrás de uma cadeia montanhosa, mas sua luminosidade estava direcionada à bandana de Paradox, fator que forçou-o despertar. Era cedo, por volta das sete e meia da matina, e os animais ainda se escondiam nos respectivos abrigos. O ninja se abaixou, recolheu sua "bagagem" e partiu, rumando montanhas que era capaz de visualizar. Ao percorrer uma longa caminhada - e dar generosos goles no cantil -, o antigo jounnin parou. Aquele local transmitia boas energias, era maravilhoso de ser observado e, mais relevante de tudo, deveria oferecer uma vista incrível a Paradox, que ao aprecia-la, poderia encontrar alguma vila ou esconderijo para repousar e pedir instrução.

Pedra por pedra, fissura por fissura, um pulo de cada vez, ambas as mão ocupadas enquanto os pés trabalhavam para manter o ninja estável, ou melhor, avançando. Aquela estava sendo a escalada mais difícil que ele já fizera, mas não a mais cansativa. Graças ao treinamento do nukenin "Gake Nobori no Gyou", este foi capaz de completar a escalada, e ao fazer, deparou-se com uma surpresa, Kumo! A cidade da qual seu avô tagarelava contando histórias e lendas! Paradox avistou, a alguns metros, os portões da vila, e, quase sem fôlego, correu em direção do local. O ninja abaixou-se, se acomodou no solo endurecido e frio e pediu para entrar na vila, seu destino dependeria da resposta de sua pergunta.

Status: Full
Saída