The loneliness of the long distance runner.

The one that fell.

Realmente há alguém aqui? Me perguntava a cada segundo que passava caminhando naquela cidade devastada pelo sofrimento. A alguns anos, dizem que, ela foi devastada graças a uma explosão radioativa, e então, ficou fantasma. Sobreviventes? Não foram identificados ainda, e talvez nem houvessem. Passar por ali não estava nos meus planos, mas eu já havia estudado sobre, afinal, muitas pessoas conheciam este lugar. Uma das grandes potências já existentes agora se reduziu a pó, silêncio e neblina. Era uma visão realmente desagradável, imaginar que outrora houveram pessoas aqui. É, o desenvolvimento. A tecnologia e a evolução. Me surpreende o mundo ainda estar relativamente estável, pelo menos, aos nossos olhos. Sabe-se lá o que ocorre pelo submundo, as guerras, a desordem, o futuro.

Pisei em um caco de vidro, deixando-o em pedaços menores ainda. Diminuí os passos e observei o ambiente. O vento me tocou nos ombros e em seguida, passou pelos meus cabelos. Se eu fosse supersticioso, diria que são fantasmas, mas não acreditava mesmo nisso. O céu se tornou o próximo alvo do meu olhar. Suspirei.

– Não há ninguém aqui. – Disse à mim mesmo. E isso, de alguma forma, me confortou. Os fantasmas que não acreditava agora estavam assombrando minha memória, já que em um passado distante, estivesse passado por aqui. Quando pude ser abraçado pelo meu pai e beijado por minha mãe. Andei mais alguns metros e parei, de novo. Uma imagem refletida na água. O rosto de uma criança que atormentada pelo passado, chorando e rezando por um dia onde não haveria mais guerras, nem lutas, só paz. É meio utópico, mas era o que eu realmente pensava. Não deixei escorrer uma lágrima de meu rosto, ou me comover com estes pensamentos, ao contrário, sorri. A vida deve ser levada à frente, e foi o que eu fiz. Mas de uma coisa tinha certeza: Um dia, a humanidade iria pagar.

Joguei uma pedra no lago e a vi quicar. Pulou, pulou e afundou. Bocejar me fez perceber que o tempo tinha passado rápido de mais; o sol já estava se pondo, e ficaríamos em perigo aqui. Apesar da radiação já ter sido destruída, alguns animais selvagens habitavam aqui, já que, era como uma floresta viva, onde os prédios se tornariam os lares destes bichos. Não queria ter de levantar a mão contra alguns destes, então, segui.

The arrive.

Algumas pessoas realmente não tem interesse no que vem depois, só querem o presente, e se for beneficente à si próprios, o farão sem temor. Hoje, todo mundo era assim, pelo menos a maioria que eu conheci. Descarto meus amigos, pois justamente, são meus amigos. Não andaria com eles se não os conhecece, apesar de não os julgar. De um lado da fronteira crianças passam fome, e do outro, pessoas insignificantes tem tudo o que querem, e mais do que precisam. Eu, sinceramente, sinto falta de casa, mas tinha que estar aqui, alguém tinha que o fazer. Não gostava disso, mas era necessário para uma paz verdadeira, onde a dor da perda pelas mãos da guerra será extinguida, e a própria definição de injustiça não existirá mais.

Hm? Distraído, notei algo ao norte. Eram nuvens, nuvens carregadas de chuva. O clima tinha que mudar, já que andamos tanto. Pus o capuz sobre a cabeça, visando proteger-me da chuva, além do frio que poderia me alvejar, também. Soprei as mãos. Eu era um amante do frio, mas eu sentia-o pouco, pois morava no deserto. Mas faz muito, pois passo mais tempo fora de casa, me acostumando com diversos climas e naturezas distintas. Caminhei, porque não tinha pressa; Meu objetivo se cumpriria, de certo. Pisei na ponta de um penhasco e pude ver o mar, coberto por nuvens brancas. O ar me faltava aqui, não conseguia respirar direito, mas era questão de tempo até me acostumar, apesar de que, não poderia me esforçar muito.

O sol me tocou por trás, e isso foi muito gay, mas eu adorava aquela pegada quente e ardente. Ele logo sumiu, engolido pelas nuvens mais acima. Estávamos alto, mas as nuvens não paravam de aparecer. Vi o que seria mais como uma civilização. Por aqui? Não era uma surpresa, mas, também não era comum. Pessoas existem em todo o mundo, quem sou eu para julgar onde elas devem morar. Passando dali, teria que enfrentá-los. Desembainhei uma das gêmeas, infelizmente, pronto para fazê-la beijar o sangue escarlate de meus inimigos.

Spoiler:

Status: Full.
Matatabi: Full.

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