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| Assunto: Casa. 8/4/2014, 18:33 | |
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Eu já esquematizei tudo sozinho. Outra vez.
Uma armação de madeira se erguia sobre a terra batida. A cabana mal acabada tinha a segunda mão ainda por ser dada e pendia ligeiramente para a esquerda. Apesar disto, fez o que seria improvável para qualquer barracão; resistiu a todas as ventanias que a circundavam mensalmente naquele terreno desprovido de vegetação para que interceptasse - ou ao menos enfraquecesse - as rajadas de ar.
Os moradores das redondezas e os transeuntes hesitavam ante o lugareiro, pois apesar da estrutura frágil o casebre exalava uma vitalidade intensa acentuada pelas lendas urbanas que contavam sobre espíritos inquilinos, fadados a circundar os pilares quebradiços eternamente, envolvendo-os em seus braços intangíveis. Um cheiro putrefato envolvia a redondeza, fedia a morte e todos sabiam de onde vinha, mas o medo lhes era incontestável.
Eu sabia a verdade, mas não ousava contestar a crença popular, pois me tornei um participante expressivo da mesma, desde os dias em que o casarão viria a ser meu abrigo em noites chuvosas. Era aconchegante e acolhedor quando comparado a vida que as montanhas proporcionavam para um garoto. Conquanto, mesmo após uma vida de conquistas, meu coração nunca abandonou o barracão.
Nós éramos três, não mais, não menos. O primeiro era um rapaz esguio e habilidoso, capaz de cravar uma flecha em um grão sem que o grão contestasse, era o homem que nos prometia uma retaguarda eternamente guardada. O segundo, franzino e sereno era o mais talentoso entre nós, dotado de uma genética abençoada pelos deuses. O terceiro? Bom... Eu sou o terceiro, o último dos três, O Sobrevivente, como diriam os estudiosos. Conservei-me na história, mas não tinha nenhum talento como eles; diferente dos outros, me vi disposto a pisar sobre corpos para o alcançar o pico.
Era uma manhã calorosa e o pequeno abrigo era refrescado e iluminado pelas frestas nas paredes. A determinação era superior aos meus ideais. Os olhos dos homens pregados impiedosamente a parede já não temiam, eu via apenas aceitação eu suas expressões. Um animal já havia aderido a minha força, mas aquele jovem era realmente especial. Os meus passos eram pesados e receosos e quando estava próximo, envolvi-o em meus braços, o somando a mim.
Quimera no Jutsu usado. Este é o link de onde tirei o Obito e o corvo.
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Sachiko Estudante de academia
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Ficha de Personagem Personagem: Vida: (1000/1000) Chakra: (1200/1200)
| Assunto: Re: Casa. 8/4/2014, 18:36 | |
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