Aprendizado do Tu-Tubarão

*Luiz observava atentamente o pergaminho onde estava descrito a técnica deixada por seu sensei. Parecia ser bastante similiar ao clone aquático que já dominava, apenas com a diferença de não utilizar chakra elemental. Acreditava, realmente, que não seria tão complicado executar o jutsu. Tomava posição, deixando as armas ninjas de lado, a priori. Então, fazia o selo de mão necessário para a execução da técnica e dizia o nome, mas nada de relevante acontecia. Eis que percebia que aquilo não seria tão simples como parecia* "Mas que droga..." *Pensou ele, um pouco desapontado com o fracasso*

*Mas tinha plena certeza de que conseguiria, muito mais por ser um ninja já com alguma experiência. Retomando a posição, fazia o selo necessário e, mais uma vez, pronunciava o nome da técnica, agora concentrando ainda mais chakra com o objetivo de dividi-lo igualmente com um clone. Ora, um clone surgia, mas se mantinha por apenas um minuto, deixando claro que a técnica não havia sido completamente dominado. O êxito momentâneo, demonstrava que Luiz estava no caminho certo. Enfim, voltava ao pergaminho e lia novamente a maneira de executar o jutsu. Talvez o fracasso se desse por algum erro durante a feitura*

*Novamente, depois de rever todo o procedimento, assumia a posição com o selo de mão e criava o clone, dividindo perfeitamente seu chakra com ele. Eis que estava, deveras, completa a técnica dos clones das sombras. Não satisfeito com apenas um misero clone, Luiz repetia o procedimento algumas vezes, até conseguir criar mais cópias, dividindo o chakra igualmente entre todas*

*Após conseguir dominar o jutsu dos clones das sombras, Luiz pegava novamente o pergaminho com instruções e observava atentamente o procedimento para realizar o segundo jutsu repassado por seu sensei Hellsing. Esse não fazia muito o estilo daquele ninja, que tinha mais ligação com o estilo tubarão que com o estilo dragão. No entanto, tratava-se de ordem do mestre e deveria aprender aquele jutsu, considerando que seria útil em eventual combate que estivesse por vir. Observava e observava a descrição do procedimento e uma gota de suor escorria pelo rosto do rapaz, especialmente quando via a enorme quantidade de selos de mão necessários para a execução daquela técnica. Enfim, pegava o pergaminho e se dirigia para o riacho que cruzava aquele local de treino. Parava à margem e deixava o pergaminho. Finalmente, concentrava uma pequena quantidade de chakra nas solas dos pés e caminhava sobre a água. Ao parar, começava a imensa quantidade de selos exigidas, mas notava que ao final absolutamente nada acontecia. Como é possível? Teria ele errado algum selo na enorme sequência? Talvez sim, então, voltava até a margem e observava o pergaminho atentamente. Desta vez, ia fazendo os selos, um a um, querendo decorar a sequência. Repetia e repetia e repetia, isso fazia umas dez vezes, até que, aparentemente, havia decorado os selos*

_Acredito que agora não cometerei erros... Posso voltar para a água...

Não havia muito a fazer que não executar o jutsu até dominá-lo. Então, novamente, caminhava sobre a água moldando o chakra na sola de seus pés para permiti-lo ficar firme e iniciava a sequência de selos, com calma. Desta vez, ele acertava a sequência inteira e uma pequena coluna de água se erguia, mas antes que o dragão se formasse, a massa aquática caía na superfície do riacho. Embora não tenha sido um sucesso, realmente, conseguia iniciar a técnica, o que lhe dava certeza que logo a dominaria. Tentava mais vezes, até conseguir fazer a água assumir a forma de um dragão e seguir na direção de umas árvores que estavam logo a frente. Com o objetivo de aperfeiçoar o jutsu, repetia o procedimento algumas vezes e voltava para margem para descansar à sombra de uma das árvores ali perto*

*Depois de descansar bastante à margem do riacho, Luiz pegava uma maçã e comia, lendo a descrição e o procedimento do último jutsu indicado pelo sensei. Tratava-se, afinal, de um jutsu defensivo plenamente, do que exatamente aquele ninja se considerava deficiente. Era a chance de aprender uma defesa com o elemento que possuía uma enorme afinidade. Lendo atento, analisava o procedimento com calma e percebia que haviam duas variações. Na primeira, o jutsu era criado através de água expelida pelo usuário e na segunda, através de água pré-existente no local. Nesse momento, olhava para o riacho e pensava* "Interessante... Tentarei primeiro com a água do riacho" *Então, se levantava e caminhava na direção do riacho, começando a andar sobre a água até chegar ao centro. Ao parar, começava a fazer os selos de mão necessários e a água se erguia facilmente como uma onda, que caía sobre o ninja, sem formar a barreira*

_Maldição... Por que esses jutsus são tão complicados? Humph... Pensar nisso não ajuda em nada!!!

*Uma vez mais, fazia os selos, pronunciando o nome da técnica, para que a parede de água se erguesse. Realmente, ela se erguia, mas não o suficiente para proteger o ninja em 360º. Mais uma falha. Mas uma falha momentânea. Esperto, identificava logo o problema, qual seja: a quantidade de chakra a ser utilizada para erguer a quantidade certa de água e assim tornar a defesa eficaz. Seguidamente, repetia o jutsu algumas vezes, buscando sempre adequar seu chakra à quantidade de água que precisava erguer do riacho. Era uma tarefa complicada e ele seguiu repetindo o procedimento do jutsu, até conseguir erguer uma grande quantidade de água que se mantinha em forma de cubo envolta dele, protegendo-o por todos os lados, como trazia a descrição do jutsu*

*Passada a primeira etapa do treinamento daquele jutsu, caminhava na direção da margem, até sair do riacho e avançar mais 5 metros. Só então parava e respirava fundo. Era o momento de criar a água e formar a barreira. Essa era a especialidade dele, expelir a água para criar o jutsu. Sem perder tempo, inclinava um pouco o corpo para trás, criando água na barriga e a expelindo com uma imensa pressão. Parecia mais um ataque do que um jutsu defensivo e, na verdade, foi o que aconteceu. A água seguiu direto para frente, arrebentando algumas árvores. Ele, com uma gota na testa, olhava aquilo não acreditando que tinha errado a formação do jutsu. Óbvio, havia esquecido completamente de fazer os selos para criar a barreira. Forçado a repetir o procedimento, fazia os selos de mão e expelia a água pela boca, fazendo-a assumir a forma circular, em volta de Luiz, de modo que a proteção se estendesse por 270º*

*Era evidente que a experiência em levantar a barreira de água com o líquido presente no riacho ajudaria nessa hora. Logo, ele repetia o processo de execução do jutsu mais algumas vezes, umas dez, até conseguir fazer com que a parede de água o envolvesse por completo, fechando-se em 360º*