No moon

A terra longínqua vagava somente em minha mente naquele momento. Devaneios, sonhos e pensamentos fúteis levavam meu corpo de um verde musgo para um branco frio como a neve. Dobrei os braços sobre meu peito, esticando as mãos para ficarem uma acima da outra. Encontrei o conforto naquele chão sujo e encarei o céu estrelado. As nuvens desapareciam subitamente com o navegar do barco; meus olhos encontraram uma só direção. A lua brilhosa incitava meu corpo, atraindo-o instintivamente para uma admiração inevitável. Sonhar acordado parecia besteira, mas foi exatamente a sensação que tive.

Sem ondas, sem água. A terra firma outrora inalcançável encontrava-se completamente estável sob meus pés. Um passo e foi possível distinguir a areia fofa e macia do abrupto som da madeira rangente em cada perímetro do barco. Um leve suspiro e um bocejo. A noite instalou-se como de costume, mas sua hipnose desligou-me da essência do tempo; aquele pequeno feixe luminoso tornava-se uma lua cheia, com o passar do tempo. Envolvi minha jugular com um tecido escarlate bem tricotado. O cachecol protegia-me do frio abrangente. Perguntei-me como a água poderia manter-se em constante movimento com um frio circundante destes. Ainda que fosse gelado, as árvores também não tinham problemas para farfalhar suas folhas. Distraída, recobrei a noção e parti para o destino.

Abençoados com a dádiva divina, meus olhos subjugaram todos os segredos daquela região. Cada perímetro escondido era absorvido pelo olhar penetrante do meu Byakugan. A aparição de qualquer outro ninja seria o gatilho para minha obra-prima se manifestar; um genjutsu de pequena escala, induzido a partir do olhar ao simples projétil que lançaria contra o primeiro deles. Sob os efeitos ou não de minha ilusão, as vítimas mais próximas sucumbiriam com o meu poder; lançaria um projétil certeiro contra seus corações, suficientemente forte e preciso para atravessá-los. Aperfeiçoei o ataque com o efeito paralisante de minha vontade; Kanashibari, simples porém efetivo. A aproximação faria-se necessária, mas eu era astuta e sorrateira; andava com rapidez, maestria e era consagrada com a visão eterna do Byakugan.

Spoiler:

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Arturia: hp: 1300/1300 | ch: 980/1100

Poucos ninjas e não-ninjas nos dias de hoje respeitam a natureza, muitos nem ao menos sabem o que significa "natureza", uns pensam em árvores e plantas no geral, alucinógenas ou não, como se a mata fosse o único refúgio desse poder; outros pensam em bichos, seres selvagens e muitas vezes estúpidos, porém inteligentes a sua maneira, outros, desviando a atenção da natureza, quando pensam nesses tais bichos, esquecem que nós homens somos também animais, isso sim é o cúmulo da ausência da noção da definição da natureza. A verdade é que somos parte da natureza como tudo a nossa volta, sem exceção? Pois é, a natureza é uma energia e nos basta sintonizá-la, como rádios sintonizam ondas invisíveis que viajam no ar, elas estão sempre lá, mas nem sempre percebemos, e eu iria em breve provar essa tese. Naquela noite queria ir a praia, e então, obedecendo meus instintos fui, aproveitando para fazer aquele clássico check-up no bem-estar do portão da vila.

Para chegar a praia era necessário atravessar os portões da vila e então eu o fazia, os portões eram altos e pela primeira vez a névoa era rarefeita o bastante para permitir aos meus olhos a capacidade de enxergar o topo destes, quando distraio minha adoração a rasa névoa, olho para frente e vejo um intruso, franzo minha testa e enxergo a mulher arremessar uma arma contra mim, acima dela voavam pássaros em forma de "V" vindo na mesma direção do projétil, automaticamente levanto meu braço direito e abro a palma da minha mão para ela, a natureza que há tempos narrei agora faz sua primeira aparição nesse cenário, eu fazia de conta ser um rádio por um momento e sintonizava a energia da natureza, a pele do lado direito do meu corpo começava a formigar, minha visão tomava cores nunca antes vistas por seres humanos, em formas de alucinações mandálicas, que rapidamente sumiam, quando focava na arma que havia sido lançada, sentia algo estranho, levanto meus olhos por insignificantes instantes e vejo que os pássaros que antes acompanhavam a velocidade da arma já haviam desaparecido, mas a kunai não, estava delirando? Não deliro sozinho, a mulher estaria atacando com uma simples kunai? Minha paranoia era obra daquela herege que invadia a vila, penso baixinho "Liberar!" nesse momento, sinto a kunai bater em minha mão sólida que eu havia posto em sua direção para me defender, ela logo, encontrando resistência, cai no chão, era como se o projétil, no momento que eu desfiz a técnica, atravessou vários metros em impossíveis segundos.

Quando prontificava meu corpo para avançar contra a oponente, percebia que o mesmo não me respondia, esse meu aparelho estava muito metido essa noite, como ousa não me responder? Estava estatelado com minha mão direita erguida, era ainda uma ilusão? Duvidava, fecho meus olhos por breves segundos, ouvia o som das aves, vibrações metálicas e vozes incompreendidas, meus músculos cinzentos se expandiam, se meu corpo não iria obedecer minhas próprias ordens, chamei uma entidade maior, a própria natureza, para forçá-lo a obedecer para me libertar daquilo. A minha oponente parecia estar cheia de truques na manga, mal havia a conhecido e ela já brincava com minha mente e com meu corpo, mas o filho da natureza não iria deixar ser derrubado por uma herege que mal deve ter observado as lindas estrelas dessa raríssima clara noite, as mais brilhantes criações divinas enfeitavam o céu como pérolas enfeitam e brilham a já linda beleza de uma mulher, ou por que não diamantes? Talvez até mesmo os dois, ou vários, cada estrela é uma pedra própria, brilhando em sua própria cor e intensidade.

Talvez as estrelas nem fossem pérolas, diamantes, nem outras pedras, talvez fossem o brilho dos olhos da bela mulher antes citada, mulher essa que me observava, mas ela mesma tinha em seu tamanho imensurável tinha dificuldade em seguir-me na velocidade estonteante em que eu me movimentava, corria como um louco contra minha oponente, aquelas poucas dezenas que nos separavam (acho que não passavam de duas) pareciam se tornar centímetros em minha velocidade, quando estava próximo o bastante de minha oponente inicio uma série de golpes na máxima velocidade que eu conseguia, meus dois braços eram acompanhados de dois propulsores que eram constantemente exauridos a cada soco que desferia, a velocidade de meus movimentos era absurda, tentava atingir socos no pescoço, rosto, peito, abdome e braços de minha oponente, não iria parar até ser forçado a parar, ou até a morte da mulher.

Observações:

Armamento:

Descrições:

Jutsus:

Imbituba:
Full
1000

Seu corpo era enrijecido com um material escuro e muito resistente; o projétil arremessado que poderia perfurá-lo brevemente foi rebatido, ricocheteando até uma árvore próxima. Bastou um olhar e já pude admirar o chakra que o circundava. Era diferente, parecia unir-se à ele como a natureza é com nós. Havia, também, algo que não havia mostrado-lhe sobre a natureza.

Veloz. Pensei, mas não tive tempo de dizer. Sua aproximação repentina dava-me calafrios momentâneos; na mesma medida, meu terceiro olho abria-se. Um ato instintivo. Envolvida pelos cabelos divinos, tornei-me uma fortaleza impenetrável. A velocidade com que meu cabelo crescia e rodeava meu corpo era, de fato, maior do que a dele, a julgar pela distância que tomava impulso até mim. Seus inúmeros golpes encontrariam fim nos cabelos que não conseguiria atravessar. O dourado maleável esticava-se à cada golpe, enquanto eu me esquivava por trás do que eu mesmo formei. Agora era a vez dele se preocupar com o que eu fiz. A sua rajada incessante de golpes tinha como único alvo eu, e meu corpo, mas não o deixei ter essa sensação. Claro que a rapidez do cabelo somada com a ingenuidade de focar somente o meu corpo traria-lhe o desespero; cada fio de cabelo tentaria enrolar-se no corpo do homem. Todos os seus membros, se pegos, encontrariam um destino, subjugados pela força da mãe. É claro que eu não deixaria saídas para ele. Qualquer movimentação repentina, seja uma esquiva, um salto ou até mesmo uma demonstração de resistência resultaria em um disparo de inúmeras agulhas, feitas do meu próprio cabelo, contra, unicamente, o único homem ali presente - todo o seu corpo seria um alvo preciso, graças ao Byakugan. Fortes o suficiente para atravessar as barreiras mais fortes, não encontraria problemas em obstruir a nova pele escura que portava o ninja.

Spoiler:

Spoiler:

Arturia: hp: 1300/1300 | ch: 670/1100

Era a primeira vez que via a face de minha oponente de perto, seus dois olhos eram grandes e brancos, e seus cabelos longos e loiros, ela era bonita after all, mas, para minha surpresa, a criatura não tinha somente dois olhos, não posso nem elogiar. Do centro de sua testa brotava como um botão de rosa um terceiro olho, perfeitamente circular, somente fitá-lo me paralisava como havia sido paralisado anteriormente, seria uma ilusão? Ou era só medo daquela esquisitice? Quanto a meus golpes, a princípio atingia todos os socos, estava sendo fácil demais, quando percebo, não atingia meu alvo realmente, mas sim seus cabelos? Não demorou muito até meus punhos cessarem totalmente seus atos devido a paralisia, percebia que minha investida seria inútil, quando parava para examinar a situação meus punhos estavam presos no emaranhado da cabeleira do oponente, ela queria me manter próximo? que ideia tola era aquela de manter os inimigos mais perto do que os amigos, ela nem ao menos tinha amigos ao seu lado, como defenderia a expressão popular.

Criticava o pensamento de minha oponente, eu sorria enquanto não me movia, sentia meu chakra lentamente arrastado para fora de mim enquanto mais uma vez me via paralisado, mas a natureza não me deixaria na pior, sua energia transbordava meu corpo para repor o que havia perdido, eu tremia com o êxtase de me unir com o poder do universo, meus músculos tentavam se livrar da paralisia com a enorme força que agora eu tinha, meu corpo inteiro agora havia se transformado, tomava uma coloração cinza-azulada, e meu cabelo perdia totalmente sua cor viva. Mas mesmo assim eu não me movia, não era necessário, pelo contrário, ainda tento agarrar os cabelos de minha oponente com minhas mãos. Meu peito, oculto por minha roupagem ninja, abria inúmeras crateras enquanto o cabelo de minha oponente arrastava-se sobre mim, um segundo era mais do que necessário, em um segundo eu faria aquilo inúmeras vezes. Imediatamente, quando as crateras brotavam ocultas em mim, uma enorme energia rasgava todo o campo, uma explosão de milhares de metros de distância, dezenas de largura, e minha oponente há poucos centímetros de distância de mim, era um movimento simples, incrivelmente rápido, mas com ele, tentaria vaporizar a existência da invasora naquele mesmo instante.

Observações:

Armamento:

Descrições:

Jutsus:

Imbituba:
Full
950

A maciez de meus cabelos envolviam o corpo já sem vida do homem. A tonalidade dourada abrangia uma nova cor: a de meu terceiro olho, o escarlate. Enquanto gotas respingavam o solo, manuseei os cabelos mais uma vez visando levá-lo para longe dali, junto comigo. Abri um portal com dimensões únicas para o meu corpo, no qual usei para atravessar a mim mesmo e o corpo recém pego. Fui para bem longe dali, dezenas de quilômetros.

Spoiler:

Spoiler:

Arturia: hp: 1300/1300 | ch: 520/1100

Aqueles corpos caídos eram nada mais do que uma simbólica referência ao meu poder divino, muito embora eu sequer precisasse atacá-los precisamente. Agarrei todos eles e joguei para um novo portal, que por hora, me levava para a minha vila.

Spoiler:

Spoiler:

Arturia: hp: 1300/1300 | ch: 370/1100